Fim das coligações nas eleições 2020

     As eleições municipais deste ano serão marcadas pelo fim das coligações entre partidos para a escolha dos vereadores. A medida, estabelecida pela emenda constitucional 97/2017, deve enfraquecer e até representar o fim dos partidos pequenos.

    Com a mudança, as siglas precisarão atingir o coeficiente eleitoral — número de votos necessários para eleger um representante — sozinhas para conquistar as cadeiras nas assembleias legislativas.O fim das coligações proporcionais também valerá para o sistema de eleição de deputados federais e estaduais. Com isso, os nanincos sem representatividade no Congresso Nacional tendem a perder o acesso ao fundo eleitoral.
    Para 2022, a legislação eleitoral garante o acesso ao fundo partidário apenas para as siglas que conquistarem, no mínimo, 2% dos votos válidos, distribuídos em um terço das unidades da Federação, ou tiverem elegido pelo menos 11 deputados federais.
    Essas regras vão acabar com os partidos pequenos. Esse corte, que começou em 2018, foi o primeiro passo para o fim das siglas menores. Agora, com o fim das coligações para os cargos proporcionas, vai ser a segunda paulada, emprestavam seus votos para que os maiores tivessem mais candidatos eleitos.
    Além de perderem o dinheiro do fundo, os partidos pequenos tendem a perder o tempo de TV, o direito a liderança e os espaços em comissões no Congresso. “Isso vai obrigar que os partidos se reorganizem. Alguns vão deixar de existir e outros vão fazer fusões para conseguir